Meu primeiro gato – adotando na quarentena

Há dois anos tomei a decisão de morar sozinha, e há um ano vinha amadurecendo a ideia de adotar um pet para dividir o apartamento comigo, depois de conversar muito com amigos gateiros, decidi dar a chance de ter um gato pela primeira vez na vida. O projeto era pegar no início do ano, mas logo na segunda semana de janeiro levei um tombo e trinquei o tornozelo, aí foram dois meses de pé pra cima que adiaram o plano do meu novo melhor amigo.

Logo quando voltei a andar, a Covid-19 nos acertou, depois de um mês de quarentena e namorar alguns gatos na ONG Adote um Gatinho, eu encontrei o Hórus (que na ong era o Mandela) foi amor ao primeiro clique, mas eu era um pouco resistente com a ideia de adotar sem nunca ter visto pessoalmente, mas depois de ver vários relatos sobre como a ONG era boa e muitas conversas com uma voluntária da ONG, eu decidi que seria ele.

A decisão na verdade veio com um desafio, fui avisada pela voluntária que me atendeu que seria uma adoção especial, que o gato era super assustado e podia ser um pouco arisco por causa disso – não feral, mas pelo medo intenso de humanos, não sabíamos como ele iria reagir.

Eu ponderei por alguns dias, porque tinha medo de ser uma experiência ruim para nós dois, já que eu era dona de primeira viagem – mas, um desses dias quando deitei a cabeça no travesseiro, não conseguia parar de pensar nele, sozinho, sem ninguém querer adotá-lo, foi ali que decidi que independente se ele nem olhasse pra minha cara, eu iria adotá-lo.

E já nos ensinam desde novos que o segredo é não ter expectativas, né? O fato de eu ter ficado sem expectativas sobre o tempo de evolução, parece que colaborou e ele se abriu até que super rápido, hoje, depois de um pouco mais de um mês, Hórus deita para ver filme comigo todos os dias e já sabe pedir carinho sem arrancar a minha mão fora.

Algumas dicas que eu tenho para você que quer adotar na quarentena:
– Lembre-se que a quarentena vai passar, mas seu bichinho, se for gato ou cachorro vai viver uma média de quinze anos, é um comprometimento bem grande.

– A quarentena acaba nos deixando mais ansiosos e sem paciência, filhotes demandam MUITA paciência, vão fazer bagunça, vão destruir coisas, esteja ciente.

– Eu aconselho a procurar uma ONG e pesquisar sobre ela, adotar é um ato de amor! Mas, apoie instituições sérias, tem muita gente mal intencionada que torna os bichos em mercadoria.

– A quarentena acabou deixando muitas pessoas em uma situação financeira instável, se você não tem uma boa reserva de emergência, não aconselho adotar – afinal, é assim que muitos abandonos acontecem. Animais geram custos, que podem ser baixos, mas variam se o animal tiver algum problema de saúde.

Mas, falando de coisa boa… O Hórus tem me ajudado demais nesses dias, eu decidi continuar na minha própria casa e sozinha, ao invés, de ir para casa de alguém da minha família (desde o início eu não estava muito esperançosa que fosse passar rápido essa fase) e depois de mais de dois meses, a ansiedade e a solidão batem forte, não tem jeito!

Mas, ele me ajuda a ter uma rotina porque tenho um serzinho ali que depende de mim, me distrai porque é filhote e tem MUITA energia para gastar e brincar, me dá muito apoio emocional – mesmo quando ele não me deixava tocá-lo, virou minha sombra muito rápido e eu tenho companhia sempre (até no banheiro, meus amigos haha).

Se você estiver preparado e sentir que está na hora, ADOTE! Posso dizer com muita segurança que foi a melhor decisão que eu tomei. E, em outro post eu conto todo o processo de conquistar um gato assustado, pesquisei muito e investi muito nesse processo, ai conto com detalhes tudo que descobri e o que funcionou pra mim! <3

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