Resenha: Não me esqueças – Babi A. Sette

Olá, meus leitores! Como contei no instagram, até que agora em janeiro as leituras pegaram por aqui, o que me deixa super feliz porque faz uns bons anos que não consigo me manter concentrada na leitura, apesar de amar (alô, ansiedade).

O segundo livro da meta de 24 livros, escolhi reler Não me Esqueças da autora Babi A. Sette, eu adoro o trabalho dessa autora nacional e acompanho desde os primeiros trabalhos dela, são livros que me levam pra uma leitura de conforto, sabe? Então, achei que seria uma boa ideia pegar esse livro de novo — até porque vou iniciar a leitura A Casa da Bruxa Natural, e esse livro de romance da Babi fala de cultura celta, e toda raiz de bruxa tem ali um tiquinho da cultura celta que eu adoro, aliás, sou apaixonada por mitologias.

Sinopse: Em um cenário de contos de fadas, Babi A. Sette convida o leitor a mergulhar em um mundo novo com Não me esqueças: um romance repleto do encantamento que somente um amor de almas gêmeas pode realizar. Aos vinte e um anos, Lizzie deveria estar empenhada em fisgar um noivo e finalmente se casar. Entretanto, após uma decepção amorosa, o coração da jovem só palpita por sua grande paixão — os estudos sobre o povo e a cultura celtas. Esse interesse faz com que ela troque os concorridos salões de baile de Londres pelas estradas desertas e sinuosas das Highlands escocesas.

Ali, ela conhecerá Gareth, o enigmático líder do clã que vive no local mais remoto e bucólico da Escócia. Envolto em uma aura de mistério, ele luta para manter suas tradições, seus segredos e, principalmente, seu povo em segurança. Enquanto o austero Gareth tem a vida toda sob controle e resiste a mudanças, Lizzie está muito entusiasmada com suas explorações e descobertas. Porém a vida de ambos é alterada de maneira inexorável quando uma fatalidade transforma a tão sonhada aventura de Lizzie em pesadelo.

Vindos de mundos tão diferentes, mas unidos por uma atração irresistível, Lizzie e Gareth vivem uma paixão proibida e desafiadora, sem saber que finalmente poderão encontrar aquilo que só ousavam buscar em sonhos.

Sou um pouco suspeita porque gosto da escrita da Babi, especialmente os livros de romance de época dela. Eu já resenhei esse livro em vídeo, então se você prefere esse formato, a Stephanie de 2018, pode contar um pouco mais:

Se prefere resenha em texto, segue aqui comigo! Essa resenha é um pouco diferente anterior, afinal, minhas impressões agora alguns anos depois, diferem, né? Sempre me dá uma alegria e um frio na barriga reler livros haha, aquele medo da minha versão mais velha estragar a versão mais jovem que amava aquele livro.

Acredito que agora estava mais atenta ao cenário e a época que o livro se passa, o livro inicia em 1861, fiquei mais engajada aos desafios e dores da Lizzie que com apenas 21 anos já é considerada “encalhada” para uma sociedade que debuta suas meninas com 15 anos para já ofereceram casamento. Lizzie é uma personagem curiosa, estudiosa e questionadora, e sofre por ser quem é — e em pleno 2023, a gente ainda sofre com muitos desafios da personagem #nervoso! Por esses motivos, pela curiosidade e a tendência a aventura, acho que agora a personalidade da Lizzie acaba me pegando mais.

Lizzie gosta tanto de estudar, que essa é mais ou menos a distância que ela esteve disposta a percorrer de carruagem para chegar na Escócia, o lugar que ela sonhava em conhecer

Por outro lado, na primeira leitura apesar de achar o Gareth estonteante e carismático, eu tinha certeza dificuldade em entender a posição dele, achava muito cabeça dura e inflexível. Agora, tenho certa empatia pelo perfil recluso e resistente a mudanças dele, consigo entender a jornada pela qual ele passou que o fez se tornar quem é, mas, principalmente, a responsabilidade que ele carrega nos ombros, sendo tão jovem.

O mais legal desse casal, para mim, é que apesar de pontos diferentes de vista, eles tem pilares essenciais similares, o que faz ser um canal crível. Aqui, coloco o ponto de que eu não acredito mais em “os opostos se atraem”, mas acredito que opostos, com pilares principais que procuram na vida em semelhança, conseguem fazer um relacionamento acontecer e contribuir muito um com o outro.
Gareth torna Lizzie mais ponderada e a mocinha se propõe a abrir os horizontes dele, tudo isso em meio a uma paixão desafiadora pelo cenário externo.

Ao contrário do meu vídeo-resenha, hoje, acho que sim, a história acaba caindo em muitos clichês, talvez porque hoje tenho um repertório mais extenso de livros agora. Porém, sigo gostando muito da escrita da autora, li o livro em 4 dias, me ajudou no momento de higiene do sono, quando desligo os aparelhos eletrônicos antes de dormir. E sobre aquele medo da minha “eu do presente” estragar a memória da “eu do passado”, deu tudo certo hahaha o livro segue firme e forte na minha estante!

Se você procura por um livro de romance com:
– Cenário de Época
– Cenários de Baile e sociedade de Londres
– Mitologia Céltica
– Casal Divergente de Opinião / Cultura
– Cenas Hot
Esse livro é perfeito para você, vale dar uma chance! 

AtributoNota – (1 a 5)
Capa5
Enredo4
Escrita4,5
Personagens4
Final4
Classificação geral4,3

Curiosidade final
A flor Não me esqueças ou Flor Miosótis
No livro, já é explicado o porquê essa flor dá nome ao livro, mas aqui vai algumas curiosidades que encontrei. Pouco conhecida no Brasil, a florzinha de origem europeia, cada região atribui sua própria simbologia, mais conhecida pela lembrança de afeto, fidelidade, amor verdadeiro e duradouro — por isso, faz todo sentido para ilustrar esse livro de romance.

Além da simbologia, ela é conhecida por ser uma florzinha comestível e medicinal, é popularmente utilizada como cicatrizante, calmante e anti-inflamatório. Sua cor mais conhecida é o azul, mas dependendo do momento de crescimento, ela passa por vários tons e faz diversos ramos lindos.

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